Não tenho formação acadêmica completa, não sou historiador (como algumas vezes me rotulam). Sou apenas um curioso por nossa história, o que me fez um singelo colecionador de fotografias da minha terra. Mesmo não sendo acadêmico, busco fazer pesquisas com seriedade, principalmente no respeito aos créditos de autoria e propriedade de acervo. Quem faz pesquisa tem que contar muitas vezes com a chance de tirar a sorte grande e encontrar um 'tesouro'.
Na semana que passou, encontrei-me com uma amiga que há tempos não via: Ledinha Hora. Estávamos num aniversário e assim que começamos a conversar, perguntei sobre D. Lêda - sua mãe -, pessoa que foi muito importante na minha juventude, juntamente com seu esposo, 'Seo' Anísio Matos da Hora. Recordei das saudosas tardes de brincadeiras na residência do casal, com a pontual merenda da tarde e a da infalível 'reza' do Terço, na hora do Ângelus, rendendo homenagem a Nossa Senhora.
No meio da conversa recebi a notícia, através de Ledinha: "minha mãe separou um álbum de fotos antigas de Ilhéus para você fazer cópias. As fotos são lindas" - completou ela. Como não poderia deixar de ser, mesmo sem demonstrar, fiquei ansioso.
Quando recebi as fotos, fiquei extasiado. São trinta e seis fotografias belíssimas de Ilhéus, muito bem conservadas e o melhor: a grande maioria ainda é inédita para minha geração e para as mais novas.
Como estou planejando reeditar "Minha Ilhéus", numa edição revista e ampliada, caiu como uma luva. Conversando com algumas pessoas, decidi publicar as fotos fazendo um comparativo com fotos de hoje. Durante todo o dia, percorri a cidade refazendo as fotos para publicar, juntamente com outras que recebi, como a que publico abaixo, que faz parte do acervo de Glorinha Clement Costa, registrando a urbanização da Rua Aristides Leite Mendes, mais conhecida como "Ladeira do Oiteiro".
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