domingo, 29 de abril de 2012

Ao Guerreiro da Capadócia


Por Ana Virgínia Santiago

Senhor das armas defensoras, guerreiro de todas as crenças!
Sou temente aos pensamentos maléficos, às falsas interpretações humanas e aos desentendimentos…
Guerreiro da Capadócia, Príncipe de todas as formas de fé!
Choro as lágrimas dos desamores, dos mal quereres, das injustiças e das omissões.
Precisamos de sua arma que nos protege e nos orienta pelos caminhos a percorrer, muitos, caminhos tão íngremes.
Imploro por sua intercessão nas mentes e corações de quem vive no meu querido chão, minha cidade ,pedaço presenteado por Deus que um dia foi batizada pela Menina Princesa do Sul.
Clareia as vontades de muitos, muitos e muitos chamados “filhos”(?) da terra e também os que chegaram por amor e construíram de forma digna, tornando-se filhos abraçados e coloca em cada um que abraça a omissão, a luz forte do amor verdadeiro, da certeza de lutas inteligentes e da justiça, banindo a indiferença e a tradicional descrença.
Senhor, que também habita as matas e percorre as inúmeras portas de quem lhe saúda e bate palmas, em espaços abertos, à sua chegada!
Apascenta os olhares da usura e da cobiça que anseiam SEMPRE o patrimônio alheio e faça com que durmam em paz e acordem cultivando o chão que tanto amam e defendem, mas com limites, obedecendo e respeitando os outros marcos /espaços que não lhes pertencem.
Guerreiro da Justiça e da Coerência, Jorge da Capadócia, Oxossi de tantos fiéis!
Preserve os nossos corações ansiosos de respostas benditas fazendo com que joguemos para longe os pensamentos de punhos fechados e fechemos os olhos para ações não-institucionais…
Que alguns semelhantes, companheiros do mesmo chão, esqueçam as ofensas e respeitem as minorias verdadeiras tão massacradas e ofendidas.
Que os discursos filosóficos sejam ampliados e entendidos numa dimensão maior.
Que os corações empedernidos abram os braços para a cortesia e para a educação e respeitem os gritos de um povo aflito e sofrido , mesmo que sejam gritos em espaço inadequado,mas gritos de alerta e desespero pelo massacrante desrespeito ao cidadão…
Jorge, padrinho de minha terra!
Empunha a espada tão poderosa e acreditada para alguns seres especiais – mesmo que estejam no início da caminhada – que lutam por causas maiores e visam as novas gerações que precisam e devem ser imitadas pelas ações probas e coerentes aprendendo, assim, a ignorar os discursos demagógicos , as inércias de quem constrói em nossa terra mas que cultivam a omissão e o desinteresse.
Jorge, Guerreiro da Capadócia!
Como ser que ama a cidade, como filha orgulhosa de ter nascido em Ilhéus, de joelhos, sob a forma desta prece, peço-Lhe perdão pela ofensa no Seu dia tão especial à cidade, em Sua festa iluminada , pelas interpretações torpes de quem não sabe o que é respeito.
Por ser fervorosa em Sua capacidade de eliminar ervas daninhas e ensinar os meios de cultivo sadio, peço-Lhe, também que abra os caminhos da coerência e afaste as maldades, cravando em nosso marco maior a força da justiça e do direito de propriedade que é nosso!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Penitenciando-me com Bebeto

Por opção minha e de Regina troquei minha amada Ilhéus pelo sossego e aconchego da nossa Fazenda Sagarana onde teimosamente dedico a transformar o cacau em algo rentável e sustentável, ambiental econômico e social, com isso tornei-me mais antissocial do que já era.
Participando de uma feijoada comemorativa ao aniversario do companheiro de longa jornada política Jabes, fui carinhosamente abordado por Bebeto que me vendeu seu DVD intitulado “Bebeto Canta e Convida”.
Sabia que seria na Sagarana onde aos domingos me dedico a lançar mão na minha humilde cinemateca de uma mídia que contenha alguma obra de renomados diretores ou shows de artistas que vai de Chico Buarque a BB King passando por Milton, Clapton, Mercedes Sosa, mas que também tem “Uma Noite... Noel” e “Marcelo Ganem”, que teria meu primeiro encontro com o show de Bebeto. Logo nas primeiras imagens comecei a sentir que seria algo que iria tocar meu emocional pela qualidade do cenário, adorei o “BAR MARRON”, e pela fina estampa sonora que chega ao meu ouvido amplificado por uma caixa de som que fica atrás da velha TV CCE.
Gritei Regina que pra variar estava dando algum jeito da casa ou na cozinha, dessa vez na companhia de minha linda nora Tainá, os passos apressados batendo na escada de assoalho típico da sua agonia parecendo que corre pra me socorrer de um infarto que ainda não tive no momento em que Alana Lima, não conhecia, explodia com sua voz poderosa “A Loba”. Regina sentada na cadeira, enquanto eu deitado no sofá mirava seus óculos já embasados pela emoção fruto da qualidade do conjunto da obra, onde os arranjos dos metais tocam o coração de qualquer um que admira uma boa musica.
Daí em diante não mais conseguimos parar de assistir o Show, e eu pensava como é que posso ser tão egoísta de preferir meu isolamento a conviver com momentos que com certeza serão eternos dentro daquele templo que nós ilheenses nos orgulhamos tanto e que tem uma pequena contribuição minha quando convenci Jabes a convidar para a inauguração o fantástico grupo “O Corpo” onde Josevandro Ferreira do Nascimento iluminadamente clamava em seu discurso como chefe do cerimonial “para que aquelas paredes mudas querem lhe dizer” referindo-se às paredes do antigo teatro que um dia foram ruínas e naquela noite memorável abria suas portas para definitivamente contribuir com a nossa cultura.
As paredes que durante um longo tempo foram mudas, para mim naquele momento, começam a falar nas vozes de Bebeto, Alana, Anne, Délio, Gilda, Ivan, Itassucy, Leonardo, Keketa e Nêgo acompanhados por uma banda de tirar o chapéu que quero reverenciar a todos no músico por quem nutro um grande carinho Lito, de saudosas lembranças do “Trio Popular” onde meu irmão Gil Lucas definitivamente entrou no mundo da sonorização depois da nossa aventura com o SOM VIGILHA dos tempos de Escola Afonso Carvalho cujo nome foi dado pelo cineasta José Araripe, hoje Diretor Geral da TV Brasil, e me perguntava por que ele não estava fazendo parte daquele momento, não tinha ainda lido a ficha técnica, e só me tranquilizei quando vi Bebeto pedir a Gil apontando para o retorno de palco. Penitencio-me Bebeto, quem diz “Obrigado” sou eu por ter você agora dentro da Sagarana onde com certeza terá um lugar de destaque no aconchego do nosso lar onde costumo me reunir com minha família e amigos, meu domingo foi melhor lhe vendo no “espelho mágico” e sentindo a emoção desse grupo MARAVILHOSO que você reuniu e lhe reverenciou. Saravá.
Henrique Almeida

domingo, 1 de abril de 2012

O Desespero do Dragão

Enfrentando o Vitória na tarde de hoje, o Dragão do Sul perdeu por 2x0. Teve dois gols anulados e desesperado por ver o time perto do rebaixamento, um torcedor invadiu o gramado e partiu para o bandeirinha. Não houve agressão física, apenas um 'cerca lourenço', como se diz no popular.
Nas últimas três rodadas do campeonato, a situação pode piorar.