Acabo de chegar da casa de Júlio, antigo morador do Alto do Coqueiro, homem de bem e do bem, que trabalhou com meus pais durante muitos anos. Eu dizia aos amigos que em minha casa tinha um mordomo. Dos bons! Melhor que muito mordomo inglês. Bastava um 'han han' que ele chegava rápido com uma limonada ou um copo d'água.
Júlio Vicente do Nascimento, nascido em 02 de julho de 1916. Me contou com detalhes o trabalho difícil na abertura da Avenida Canavieiras, trabalhando com uma picareta e uma 'galiota', no corte que separou as terras dos 'Pacheco' e de Zé das Neves, na década de 30.
Pessoa de caráter impar e de uma simplicidade hoje raramente encontrada. Não deixava de cumprir uma tarefa ou um mandado. Mesmo que o resultado fosse diferente do pedido.
Um dia, minha mãe pediu que ele fosse ao IOCIL (os mais velhos vão lembrar) para comprar um pacote de 'Modess'. Ele foi rápido e voltou com um pacote de palha de aço. Essa foi uma das suas maravilhosas ações. Amanhã conto mais, numa singela homenagem a um grande homem.
Me deixou com saudade e uma vontade enorme de contar os casos em ele que foi protagonista.
Fique com Deus amigo!
Um comentário:
Lembro-me daquela caso em que alguem chegou em sua casa chorando, e dizendo que tinha perdido o vestibular. Júlio, solícito e solidário como sempre, perguntou: onde você perdeu? Vou procurar!
Isaac
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