Há noventa dias, estando sentado na fila da CEF - Agência Jorge Amado, um cidadão, dirigindo-se a mim, disse que era "uma mentira a notícia do governo informando da implantação do Carrefour no Salobrinho". Para o cidadão, o local do empreendimento não era Salobrinho. Argumentei informando que o limite do bairro Salobrinho ia até a divisa com Itabuna.
Poligonal estimada dos empreendimentos previstos para Ilhéus e Itabuna.
Não houve meio de convencê-lo. Ele insistia dizendo que o governo devia obrigar a empresa a construir dentro do Salobrinho. Não houve meio de esclarecer que uma empresa tem liberdade de se instalar onde achar mais conveniente, onde seus executivos entenderem que é o melhor local de logística e o melhor local para acesso da grande maioria dos seus clientes etc.
O cabra não aceitou nenhum argumento.
Toco neste assunto devido às discussões estabelecidas recentemente, quanto ao limite territorial de Ilhéus e seus vizinhos, que tiveram uma tentativa de 'esquentamento' através dos comandantes do prestigiado site Pimenta na Muqueca (confira) e pelo material publicado no não menos importante site R2CPress, pelo ilheense José Rezende Mendonça (confira), acusando o governo municipal de amador, no que se refere ao tratamento dado ao problema.
Tenho evitado de todas as maneiras transformar este blog em um veículo 'chapa branca', devido a minha participação no governo municipal, porém, algumas vezes sinto-me obrigado a escrever, sobretudo quando algumas situações exigem. Esta é uma delas.
No mês de novembro passado, durante uma palestra na UESC, conversei com Dra. Rita Pimentel, uma das responsáveis pelo levantamento aerofotogramétrico e aquisição de imagens de satélite para atualização cartográfica do Estado da Bahia. Fui me inteirando aos poucos do assunto.
Por fazer parte da Comissão Municipal de Estatística do IBGE, que ajuda a preparar os trabalhos do Censo que se avizinha, pude constatar (juntamente com outras pessoas) que o levantamento realizado pela Superintendência de Estudos Sócio Econômicos (SEI), para atualização do mapa territorial de Ilhéus, continha alguns equívocos. Imediatamente, dividi o problema com outros companheiros de governo, de modo especial Alisson Mendonça, que assumiu o Planejamento da PMI.
A SEI é o órgão do Estado que tem a competência e responsabilidade para dirimir as dúvidas e estabelecer os limites descritos nas leis que definem os perímetros urbanos dos municípios baianos. O IBGE seguirá as informações decorrentes do trabalho da SEI, e não da Prefeitura de Ilhéus, da Prefeitura de Itabuna, da Ceplac, de Rezende ou de quem quer que seja.
Desta forma, respeito, mas não aceito, a opinião de Rezende, atribuindo 'amadorismo' ao tratamento dado ao problema pelo governo.
É amadorismo procurar resolver o problema com a participação do órgão responsável?
É amadorismo convidar os vizinhos para acompanhar o levantamento e dirimir todas as dúvidas que aparecerem?
Se isso for amadorismo, então o governo é amador.
Penso que chegou o tempo de nos unirmos para buscar o desenvolvimento, buscar o crescimento ordenado, planejado. Acabou o tempo da rivalidade existente entre Ilhéus e Itabuna. Infelizmente descobri isso tarde, contudo, felizmente, descobri!
Somos um só povo, uma só cultura. Em breve seremos uma cidade separada apenas por uma rua. Creio que não verei isso, mas tenho certeza que meus netos verão. Para isso trabalharei enquanto tiver forças, dentro ou fora do governo.
Temos que pensar grande, resolvendo com serenidade os problemas pequenos. Problema grande é desemprego, é a saúde e a educação que deixam a desejar. Problema grande é vermos as drogas corrompendo nossos jovens, problema grande é assistirmos noticiários que só informam o número de mortos no final de semana.
Pensemos juntos, sem buscarmos criticar gratuitamente quem está tentando fazer alguma coisa de boa por todos. É hora de união, é hora de buscarmos soluções conjuntamente. Nosso povo merece isso, principalmente as gerações futuras.
José Nazal
O cabra não aceitou nenhum argumento.
Toco neste assunto devido às discussões estabelecidas recentemente, quanto ao limite territorial de Ilhéus e seus vizinhos, que tiveram uma tentativa de 'esquentamento' através dos comandantes do prestigiado site Pimenta na Muqueca (confira) e pelo material publicado no não menos importante site R2CPress, pelo ilheense José Rezende Mendonça (confira), acusando o governo municipal de amador, no que se refere ao tratamento dado ao problema.
Tenho evitado de todas as maneiras transformar este blog em um veículo 'chapa branca', devido a minha participação no governo municipal, porém, algumas vezes sinto-me obrigado a escrever, sobretudo quando algumas situações exigem. Esta é uma delas.
No mês de novembro passado, durante uma palestra na UESC, conversei com Dra. Rita Pimentel, uma das responsáveis pelo levantamento aerofotogramétrico e aquisição de imagens de satélite para atualização cartográfica do Estado da Bahia. Fui me inteirando aos poucos do assunto.
Por fazer parte da Comissão Municipal de Estatística do IBGE, que ajuda a preparar os trabalhos do Censo que se avizinha, pude constatar (juntamente com outras pessoas) que o levantamento realizado pela Superintendência de Estudos Sócio Econômicos (SEI), para atualização do mapa territorial de Ilhéus, continha alguns equívocos. Imediatamente, dividi o problema com outros companheiros de governo, de modo especial Alisson Mendonça, que assumiu o Planejamento da PMI.
A SEI é o órgão do Estado que tem a competência e responsabilidade para dirimir as dúvidas e estabelecer os limites descritos nas leis que definem os perímetros urbanos dos municípios baianos. O IBGE seguirá as informações decorrentes do trabalho da SEI, e não da Prefeitura de Ilhéus, da Prefeitura de Itabuna, da Ceplac, de Rezende ou de quem quer que seja.
Desta forma, respeito, mas não aceito, a opinião de Rezende, atribuindo 'amadorismo' ao tratamento dado ao problema pelo governo.
É amadorismo procurar resolver o problema com a participação do órgão responsável?
É amadorismo convidar os vizinhos para acompanhar o levantamento e dirimir todas as dúvidas que aparecerem?
Se isso for amadorismo, então o governo é amador.
Penso que chegou o tempo de nos unirmos para buscar o desenvolvimento, buscar o crescimento ordenado, planejado. Acabou o tempo da rivalidade existente entre Ilhéus e Itabuna. Infelizmente descobri isso tarde, contudo, felizmente, descobri!
Somos um só povo, uma só cultura. Em breve seremos uma cidade separada apenas por uma rua. Creio que não verei isso, mas tenho certeza que meus netos verão. Para isso trabalharei enquanto tiver forças, dentro ou fora do governo.
Temos que pensar grande, resolvendo com serenidade os problemas pequenos. Problema grande é desemprego, é a saúde e a educação que deixam a desejar. Problema grande é vermos as drogas corrompendo nossos jovens, problema grande é assistirmos noticiários que só informam o número de mortos no final de semana.
Pensemos juntos, sem buscarmos criticar gratuitamente quem está tentando fazer alguma coisa de boa por todos. É hora de união, é hora de buscarmos soluções conjuntamente. Nosso povo merece isso, principalmente as gerações futuras.
José Nazal
Em tempo: quem nos tem prestado assessoria é o “amador” Guarani Valença de Araripe, que há sessenta anos tenta aprender cartografia.
2 comentários:
Louvável e necessáriaa atitude que o prefeito e demais autoridades tomaram sobre o assunto.A invasão de terras no nosso município , principalmente por Itabuna,é uma realidade.Por quem foi retirado, por tanto tempo, o marco de limites dos 2 municípios? É MAIS UMA PROVA DA TENTATIVA DE INVASÃO.
Não vejo ilheense se achando dono do que está em Itabuna.Mas eles acham-se donos de tudo que existe na estrada:CEPLAC, UESC,etc
Isto é problema Nazal e muito grande!!!!
Que haja união mas com respeito ao que é nosso e devemos lutar com todas as armas para isso.
Parabéns ao nosso prefeito!!!!
Prezado José Nazal
Quando mencionei o trabalho da prefeitura como amadorismo, quis apenas me restringir a forma da redação com referência à passividade, que existe há mais de 20 anos com respeito ao limite entre Ilhéus e Itabuna. E nunca a forma da condução desta administração para solução do problema. Fui claro, que a situação não pertencia a esta administração, pois se tratava de questões de vinte anos.
Só lamento que o amigo tenha de forma deselegante tentado menosprezar o papel da CEPLAC e por tabela a minha pessoa.
Gostaria apenas de esclarecer ao amigo que trabalhei na Ceplac de 1969 a 1995 na área de Aerofotogrametria e Cartografia, e fomos os pioneiros neste tipo de levantamentos com fotografias áreas pancromáticas convencionais e Imagens de Radar.
Quando a CEI ou SEI (SEPLANTEC), que é o órgão competente para este assunto na Bahia se utilizou na nossa base em 1980, sabíamos que o material seria enviado para o IBGE, portanto o que a CEPLAC realizou e a (CEI OU SEI) acatou é porque ratificou a precisão do trabalho. Deste modo, não precisava o amigo no seu comentário se delongar afirmando que nem a prefeitura, CEPLAC, Rezende ou quem quer seja modificará a decisão do SEI.
Por fim, gostaria de deixar bem claro ao amigo, que não tenho pretensão nenhuma por cargos na prefeitura, com meus artigos técnicos. Faço isto por minha Ilhéus, que há muito tempo vem perdendo tudo para a vizinha cidade de Itabuna. Não é bairrismo, é uma questão apenas lutar pelos nossos direitos.
Quanto ao amigo chamar o grande professor Guarani Valença de Araripe de "amador", apenas no intuito de nos afrontar, pode ficar tranqüilo, pois nos meus 45 anos na área cartográfica, foi o bastante para poder hoje emitir meus pareceres nos mapas municipais da Região Cacaueira e estou sempre aberto para aprender, pois como tudo na vida a Aerofotogrametria e a Cartografia será sempre dinâmica.
Um abraço
Rezende
Um abraço
Rezende
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